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terça-feira, maio 30


CASCA

Dentro da minha casca, ninguém me alcança: segura e só. Tento rompê-la, sem sucesso.

Tudo o que me incomoda, incomoda só a mim. Restos daquilo que não foi e não será, espetam e sangram. Espinhos sem sentido, são só meus.
Acomodo-me aqui, invisível, sem conforto, sem sossego, sem vontade, só.
E sorrio.

segunda-feira, maio 29

You Are 44% Evil

You are evil, but you haven't yet mastered the dark side.
Fear not though - you are on your way to world domination.

domingo, maio 21

ANNA

Sempre gostei do meu nome, nunca me importei por ser um nome muito comum. Ontem tive a curiosidade de ir procurar por verbetes "Anna" na wikipedia. Agora gosto mais dele, divertidíssimo!

Anna é uma variação do nome "Hannah", que vem do hebraico e significa agradecimento ou graça, encanto, charme (claro, claro....). Se eu fosse russa, me chamaria Anya ou Annushka ("Annushka" é muito fofo, né?), se fosse nórdica, me chamaria Annja.

Existem três cidades nos Estados Unidos com esse nome: uma em Ohio, uma em Illinois e uma no Texas. Há um único animal cujo retrato está na galeria da John Hopkins: uma cadela chamada Anna. Músicas: Anna (go to him), gravada pelos Beatles, e uma do Bad Company. É também um filme de 1987, uma revista feminina finlandesa e uma tribo australiana de aborígenes.

Encontrei conco rainhas chamadas Anna, uma deusa, duas santas uma personagem mitológica e um rei (sim, um rei!!). Uma jogadora de tênis, uma cantora e uma primeira-dama. As personagens ficcionais são incontáveis, destaque para Anna Karenina de Tolstoy e Anna Darrow, do King Kong.

Pommes Anna, batatas cozidas em um montão de manteiga derretida, um prato tradicional na França. A preparação é trabalhosa e exige meticulosidade e cuidado, por isso, as Annas são raramente preparadas de acordo com a receita original, hoje em dia.

Na Índia, em 1910, existia uma moeda Anna, que valia 1/16 de rúpia. 12 "pies" ou 4 "paise" são iguais a 1 Anna, então 1 rúpia são 64 paise ou 192 pies. Em 1954 a índia decimalizou a sua moeda e a Anna foi, então, abandonada.

Essa é legal: "ANN" quer dizer "Atificial Neural Network". Só preciso inventar uma rede neural artificial que tenha alguma propriedade interessante começando com "A" que eu possa por no fim da sigla.

Hoje é domingo e vou fazer o almoço. Não resisto, vou ser obrigada a servir Annas como acompanhamento.





sábado, maio 20

TEORIA DO 'AMOR'

"Me diz, me diz, me responde por favor.
Pra onde vai o meu amor quando o amor acaba?"
Chico Buarque

Acho que não existe 'amor' (inicial minúscula com aspas). Não estou falando do Amor (inicial maiúscula sem aspas), aquele que a gente sente pelas nossas mães, pelos bons amigos, pela família e pelo nosso cão: Amor incondicional, desinteressado e lindo. Falo daquele 'amor' que as pessoas dizem sentir pelos namorados ou namoradas, enfim, alguém com quem você sente vontade de estabelecer um relacionamento afetivo sério. Este, que certamente não é incondicional, quase nunca é desinteressado e muitas vezes não é lá muito bonito.
A mim, me parece apenas uma superconfusão semântica, largamente alimentada pela carência das pessoas de coisas belas em que acreditar e se apoiar. Na minha teoria, essa confusão se dá envolvendo o Amor e a paixão. Digo isso porque vejo as pessoas dizendo que 'amam' quando estão apaixonadas, e dando a esse 'amor' as propriedades do Amor (quando a paixão acaba, se ainda houver relacionamento continuam chamando 'amor' a alguma coisa, não sei o quê, que geralmente não é nada mesmo).
A partir daí, a confusão está estabelecida. Considera-se por aí que um relacionamento envolve não duas, mas três partes: uma pessoa, um parceiro(a) e o 'amor' entre elas. Este 'amor', que existiria por si, seria capaz de operar sobre as pessoas e situações. Surgem então as sentenças e questionametos surreais: "Será que ele me 'ama'?" ou "Quem 'ama', confia", "O nosso 'amor' desgastou-se". É quase como acreditar em duendes.
No entanto, dá até pra entender, veja: dizer "O nosso 'amor' desgastou-se" é muito mais bonitinho e meigo do que dizer "Ele não se encaixa mais no perfil dos meus interesses para um relacionamento afetivo." Claro, já que vivemos num contexto onde você pode ser considerada uma "pessoa má" simplesmente por não ter uma boa razão pra terminar um relacionamento, culpe o 'amor'. Ele não está lá pra se defender mesmo. Além disso, ninguém quer sair por aí admitindo que fez outra pessoa sofrer e agora se sente melhor (o que não tem nada de errado, se não existir uma relação causal direta).
Há quem diga que eu penso essas coisas motivada por uma dolorosa desilusão 'amorosa', e que assim que me apaixonar de novo, mudarei de opinião. Note que o argumento opõe "desilusão 'amorosa'" a "me apaixonar de novo", e tenho dito.

quinta-feira, maio 11

E SE...
E se eu morresse agora, com esse monte de gente que nem sabe o meu nome em volta? O que pensariam de mim? Vejamos...
Primeiro, pensariam que eu sou uma caloura que morreu de desgosto no primeiro dia de aula porque o professor falou que o plano era "uma tabuinha". Ummm... isso é o que eu pensaria, vou tentar ser mais objetiva e imparcial.
Uma jovem caloura do bacharelado em Matemática (louca), com um caderninho de R$1,80, ainda com o preço, deve ter comprado hoje (meio meio irresponsável e pobre). Uma pastinha, também comprada hoje, custou R$1,20 (definitivamente pobre). Óculos azuis esquisitos (pessoa esquisita e míope). Blusa furada em baixo do braço (relaxada, desligada ou hippie). Abrindo a mochila: carteira dourada e vermelha (perua), chapéu de lã, cachecol (friorenta), dicionário de alemão e "Grande Sertão: Veredas" (chata), antidepressivos (viu, viu? Louca!). Celular velho (mais um voto para "pobre"), maquiagem (só mais uma Barbie), cinco pacotes de club social (???!), chave do carro, o papel amassado da 6º club social, agenda (não vou abrir, porque não ético e, é claro, tem um monte de gente olhando).
Por fim, um caderno com cogitações sobre a possibilidade de morrer naquela hora (é, essa aula tava "uma coisinha" mesmo). Suicídio??