Page copy protected against web site content infringement by Copyscape

quarta-feira, julho 23

CARPACCIO

Eu sei fazer carpaccio: a vida é boa, enfim. Só essa linha já valeria romper o silêncio que segue desde abril, mas tem mais.


Quem me conhece sabe adoro comida: cozinhar, provar coisas novas, inventar e, claro, comer. Tinha uns dezessete anos, ou menos, quando experimentei carpaccio a primeira vez. Na época, não era nada popular, eu nunca tinha ouvido falar. A mãe de duas amigas minhas, que cozinha super bem, estava servindo como entrada em um jantar na casa delas. A madrinha delas me explicou como se comia, lembro até hoje. Depois daquele dia, não parava de pensar em carpaccio, um verdadeiro caso de amor à primeira vista culinário.

Sempre me perguntei como se fazia. Dizia a lógica que cortar fininho um pedaço de carne nobre congelada bastaria. Nunca tinha tentado, até hoje. Não sei porquê, pra mim o carpaccio tinha essa aura de inatingível. Foi meio por acaso o que aconteceu hoje, eu estava tentando fazer outra coisa e no meio disso resolvi tentar o carpaccio. A lógica não me falhou. Era só cortar bem fininho com uma faca bem afiada. Claro, não ficaram aquelas fatias redondinhas como de compasso, igual ao carpaccio que a gente compra. Ainda assim, eram fatiazinhas transparentes de deliciosíssima e nada saudável carne vermelha e o melhor de tudo: com gosto de carpaccio! (cara de êxtase)

Tudo o que eu precisava nesses dez anos era um freezer, uma boa faca e iniciativa, pra comer carpaccio ao invés de ficar pensando nele. Pior de tudo é que eu detesto texto com "moral da história".