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quarta-feira, outubro 26

SUL DA ILHA
Mais peculiaridades:

Aqui quase todo mundo tem passarinho em gaiola e as pesoas costumam levá-los a passear. Dentro da gaiola, naturalmente.

No guia tem "cartomante", mas não tem "cartório".

O jardim da minha vizinha várias vezes foi destruído, mas não por crianças levadas e sim por uma vaca fujona.

Houve uma preocupação geral com a vaca, não por ela estar solta, mas porque aquela vaca em especial não sabia atravessar a rua, era perigoso.

Na iminência de uma forte ventania, a primeira providência é espalhar sal grosso pelo telhado para que não voem as telhas.

quinta-feira, outubro 20



Encontrei uma maneira melhor do que ver as campanhas, pra decidir pelo SIM ou pelo NÃO. É bastante acessível e muito, muito melhor que escolher entre "Diga sim à vida" ou "Quem desarma a vítima fortalece o agressor". Faça assim: Se você gosta mais de sorvete de abacaxi, vote SIM. Se você gosta mais de sorvete de limão, vote não.

terça-feira, outubro 18

Mesmo que fosse possível fazer sempre as melhores escolhas, de maneira a experimentar o melhor do melhor, ainda me escaparia muito. Cada vez que escolho um livro pra ler, não consigo deixar de considerar quantos livros estou não-lendo enquanto leio o escolhido. Cada escolha é uma perda.
Ao fim, quantos sabores terei deixado de provar, quantas músicas terei deixado de ouvir, quantos beijos terei deixado e dar, quantos sorrisos terei deixado de ver?
Sou humana, afinal: limitada, finita, pequena. Idéias, cores, cheiros, imagens, músicas, poesia, som, sabores, conceitos e redundâncias, o mundo me oferece mais do que posso. Na cabeça, no papel ou em bits, nunca poderia guardar tudo o que gostaria.

quinta-feira, outubro 13

LEWIS CARROL E MINHA AVÓ

Eu sempre gostei muito do conto "O que a Tartaruga disse a Aquiles" e seus filhotes como "Cantatata... de aniversário" e outros que questionam o caráter absoluto da lógica. Basicamaente eles sugerem que precisamos concordar com muita coisa antes de discutir com uma outra pessoa.
Lembro que um amigo disse uma vez que era uma bobagem, que aquilo era um reducionismo ridículo, longe da realidade, "coisa de matemático" e por aí vai.. Continuei gostando mesmo assim, pois gosto de "coisas de matemático" e de reducionismos também, mas tinha mesmo aceitado que era distante da realidade. Minha querida avó veio mostrar que não.
Ela e uma tia entraram em uma discussão ferrenha sobre um cobertor verde. Minha tia garantia que ele era de casal, enquanto minha avó jurava que era de solteiro. Inúmeros argumentos vinham de ambos os lados, mas nada parecia levá-las a um acordo.
Decidiu-se pela força bruta: esticariam no chão da sala o cobertor vermelho, que as duas concordavam que era de casal, e comparariam com o verde, esticado por cima. Quem pode dizer que esse teste é refutável? Não importando se ele diria que o cobertor é de casal ou de solteiro, parece incontestável, não?
Bom, ocorre que constatou-se que os dois eram milimetricamente do mesmo tamanho, ao que minha avó respondeu: "Pode até ser que seja, mas que o vermelho, de casal, cobre mais da minha cama, isso cobre!"

sexta-feira, outubro 7

Jurei pra mim mesma que não transformaria esse blog em vitrine das minhas convicções políticas, mas essa discussão sobre o desarmamento está me irritando, demais!
Os argumentos são quase sempre falácias, de ambos os lados. Antes ainda, estão fora de foco, todos. Criou-se uma grande discussão sobre o que vai e o que não vai acontecer, caso a lei entre em vigor. Suposições pretensiosas e ridículas invadiram os meios de comunicação, ofendendo a inteligência dos atingidos. Isso sim é que é violência! Chega a ser inacreditável o nível de detalhamento a que chegam as especulações (reparem, é até engraçado).
O referendo é pra decidir sobre uma lei, não seus efeitos. Até onde eu posso intuir, me parece que é nosso dever, nesse momento, decidir pelo que achamos certo, não pelo que "funcionaria", especialmente baseando-se em especulações não embasadas.