LEWIS CARROL E MINHA AVÓ
Eu sempre gostei muito do conto "O que a Tartaruga disse a Aquiles" e seus filhotes como "Cantatata... de aniversário" e outros que questionam o caráter absoluto da lógica. Basicamaente eles sugerem que precisamos concordar com muita coisa antes de discutir com uma outra pessoa.
Lembro que um amigo disse uma vez que era uma bobagem, que aquilo era um reducionismo ridículo, longe da realidade, "coisa de matemático" e por aí vai.. Continuei gostando mesmo assim, pois gosto de "coisas de matemático" e de reducionismos também, mas tinha mesmo aceitado que era distante da realidade. Minha querida avó veio mostrar que não.
Ela e uma tia entraram em uma discussão ferrenha sobre um cobertor verde. Minha tia garantia que ele era de casal, enquanto minha avó jurava que era de solteiro. Inúmeros argumentos vinham de ambos os lados, mas nada parecia levá-las a um acordo.
Decidiu-se pela força bruta: esticariam no chão da sala o cobertor vermelho, que as duas concordavam que era de casal, e comparariam com o verde, esticado por cima. Quem pode dizer que esse teste é refutável? Não importando se ele diria que o cobertor é de casal ou de solteiro, parece incontestável, não?
Bom, ocorre que constatou-se que os dois eram milimetricamente do mesmo tamanho, ao que minha avó respondeu: "Pode até ser que seja, mas que o vermelho, de casal, cobre mais da minha cama, isso cobre!"
Eu sempre gostei muito do conto "O que a Tartaruga disse a Aquiles" e seus filhotes como "Cantatata... de aniversário" e outros que questionam o caráter absoluto da lógica. Basicamaente eles sugerem que precisamos concordar com muita coisa antes de discutir com uma outra pessoa.
Lembro que um amigo disse uma vez que era uma bobagem, que aquilo era um reducionismo ridículo, longe da realidade, "coisa de matemático" e por aí vai.. Continuei gostando mesmo assim, pois gosto de "coisas de matemático" e de reducionismos também, mas tinha mesmo aceitado que era distante da realidade. Minha querida avó veio mostrar que não.
Ela e uma tia entraram em uma discussão ferrenha sobre um cobertor verde. Minha tia garantia que ele era de casal, enquanto minha avó jurava que era de solteiro. Inúmeros argumentos vinham de ambos os lados, mas nada parecia levá-las a um acordo.
Decidiu-se pela força bruta: esticariam no chão da sala o cobertor vermelho, que as duas concordavam que era de casal, e comparariam com o verde, esticado por cima. Quem pode dizer que esse teste é refutável? Não importando se ele diria que o cobertor é de casal ou de solteiro, parece incontestável, não?
Bom, ocorre que constatou-se que os dois eram milimetricamente do mesmo tamanho, ao que minha avó respondeu: "Pode até ser que seja, mas que o vermelho, de casal, cobre mais da minha cama, isso cobre!"
3 Comments:
Poderemos embasar isso na teoria da cor!!!
Vermelho sempre vai "parecer" maior do que verde.
Enfim, já nasceu alguém corajoso o suficiente para enfrentar D. Zilda?
Vc não entendeu, Anna. A cor do cobertor indica qual geometria ele obedece.
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