Page copy protected against web site content infringement by Copyscape

segunda-feira, agosto 28

BORRACHA
Revertendo a ordem, despercorro parte do meu caminho. Engulo algumas palavras, desfaço certas pegadas. Desesperimentaria?

Não desleio nenhuma linha nem desassisto uma única cena, mas com certeza desvivencio algumas delas. Surpreendente , uma dúvida me detém por mais de um segundo: com o tempo encontrei valores nas cicatrizes, de certa fome me afeiçoei a elas. São parte de mim, mesmo que não o queira. São parte do que me define.

Acabo por concluir que não há, realmente, dúvida alguma. Escolho o desconhecido, o risco de ser sem elas. Recobro então uma certa paz que me fora roubada. Em troca, entrego isto, que embora valioso, custa muito caro e de que abro mão sem hesitar.

sábado, agosto 19

IDEAL

Abandonei meu blog... Quantos milhões de leitores desapontados?
Fiz pior, abandonei o hábito de escrever. Vários textos me vieram à mente, que não escrevi. Não é que não tenha postado, não escrevi. Texto, quando vem e a gente não escreve, deixa sempre aquela sensação de que era suuper bom, como um beijo imaginado.
A verdade é que talvez, estando as palavras em ordem, num suporte físico e não na confusão da minha imaginação, toda a graça se perdesse. Assim como acontece com os desenhos e tantas vezes, com a vida.