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quinta-feira, abril 6

AMOR PLATÔNICO

Respeitada e usada pelas ciências naturais, a Matemática não é uma. Seu objeto de estudo não pode ser encontrado na matéria, simles assim. Isso é o que sempre me fascinou, foi assim que me apaixonei por ela (às vezes, tão ingrata...).
Lembro com carinho da primeira definição que me "entrou na cabeça". A circunferência: lugar geométrico dos pontos equidistantes de um ponto determinado.
Foi como mágica, todo o resto perdeu a importância: expressão para a área, comprimento, 360 graus, o diâmetro é o dobro do raio.... Excessos desnecessários. "Lugar geométrico dos pontos equidistantes de um ponto determinado" e lá está a cirunferência: linda e inacessível.
Pegue um compasso, gire e desenhe a sua. Não terá mais do que uma representação imperfeita. As definições fazem isso: mantém a beleza no lugar dela, lonje da pobreza da matéria. Claro, a representação guarda isomorfismos com a circunferência. Na verdade, tantos são, que frequentemente se toma por circunferência aquela mancha de grafite produzida pelo compasso.
Mas de verdade, onde está a circunferência?
Veja que quem está pensando na nela agora, nesse instante, sou eu, com meu cérebro e seus neurônios, feitos de átomos. Então... a circunferência é material? Ou é esse só mais um isomorfismo? Se sim, então onde está a circunferência? O que estou estudando, meu próprio pensamento?
Não pode ser, a circunferência existe. Se ela existe e não é matéria, é o quê? Alguma coisa ela tem que ser, porque que ela existe, eu sei. Não me peça pra explicar, eu apenas sei. Sei e não sei ao mesmo tempo: fascinação.

1 Comments:

Blogger Angela Crepaldi said...

E ainda há a definição de bola, na qual a circunferência se enquadra se usada a norma 2 em um espaço vetorial de 2 dimensões.


Anna, cadê você?

dom. abr. 26, 12:27:00 PM  

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