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domingo, janeiro 1

01/01

Minha cunhada tem em casa uma daquelas flores que só se abrem uma vez, à meia-noite, e depois morrem. Pensei que elas só existissem nos filmes. Pra completar a cena cinematográfica ela resolveu se abrir na passagem de ano. Linda, e muito cheirosa, parecia estar espezinhando os homens e suas promessas de ano novo. A planta estava, entre fogos de artifício e perus, realmente oferecendo a renovação.
Não fiz promessas ou projeções de renovação este ano. Nada pedi a Iemanjá, apenas agradeci. Felizmente havia muito a agradecer: a vida, a despeito de todas as minhas investidas no sentido oposto, me ofereceu a chance de uma renovação e pretendo aproveitá-la. As mudanças devem ser naturalmente impulsionadas, como a da flor.